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Como a Netflix superou a Blockbuster e dominou o mercado do audiovisual?

Netflix

Com tantas novidades ofertadas nas plataformas de streaming, como os originais entregues diariamente pela Netflix, você iria, nos dias de hoje, até uma locadora para buscar e depois devolver alguns poucos filmes em DVD, Blu-ray ou VHS?

Revisitar a lendária Blockbuster com seu amplo acervo cinematográfico, dentre outros itens disponíveis no acréscimo de ofertas dentro das suas lojas físicas, é entender a efemeridade na maneira de se vender produtos e serviços como víamos antigamente. Além disso, é também atentar-se principalmente aos novos meios que surgem a cada momento para conversão e retenção de clientes.

Por exemplo: a Blockbuster, maior rede de locadoras de filmes de todo o mundo, predominou com força total nos anos 1990 e 2000, e só no Brasil ultrapassou uma década de protagonismo. Contudo, diante de tantas conquistas (em 1994 a empresa já contava com 4.500 lojas abertas ao redor do planeta), nascia um empreendimento que viria a ser seu grande adversário.

Denominado Netflix, o novo negócio chegava no final da década e tinha no conforto das residências o diferencial para entrar no mercado. Ou seja, ao invés de a pessoa se deslocar até a locadora, o produto é quem iria até sua casa via correio. E mais: sem a necessidade da devolução imediata e multas! Será que deu certo a novidade?

Acompanhe a trajetória de sucesso da Netflix e entenda como ela superou a gigante Blockbuster, dominando com maestria o mercado do audiovisual na internet!

A história da Netflix

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Como tudo começou

Fundada na Califórnia no final dos anos 1990 pelos amigos Reed Hastings e Marc Randolph, a Netflix foi totalmente idealizada para ser uma locadora que iria até o cliente, ao invés do mesmo se deslocar até uma loja física.

Naquela época, o pressuposto da ideia era suprir a necessidade das pessoas que moravam longe das empresas que locavam filmes, e a entrega via correios facilitaria suas vidas.

Esse novo jeito de ofertar filmes era bastante interessante, porém, havia uma necessidade de logística mais apurada e a vontade de inovar inspirava Hastings e Randolph a todo instante. Eis que os fundadores resolveram tornar todo o processo de aluguel via assinatura.

Uau! E como se daria essa estratégia?

O cliente que optasse pela modalidade, poderia ficar o tempo que desejasse com a fita ou DVD e só os devolveria quando solicitasse um filme novo.

A quase extinção das fitas VHS e o baixo custo do DVD no mercado fizeram com que o modelo de assinatura se tornasse ainda mais interessante. Tal situação colocou a Netflix em evidência. Tanto que, em 2002, a empresa passou a ofertar a compra de ações na Bolsa de Valores.

Da assinatura física para o streaming

A velocidade com que a internet chegava ao mundo passou a direcionar inúmeros negócios. Se o e-commerce expandiu-se de forma crescente e rápida, a Netflix não dormiu no ponto quando notou que através dessa nova etapa de transferência de dados e conexões um novo modelo de entrega de filmes poderia surtir o efeito esperado.

Até então, a intenção da empresa era disponibilizar conteúdo para download. Contudo, essa ideia foi descartada quando abriu-se a possibilidade da assinatura dos serviços acontecer através de um site onde os filmes ficassem disponíveis para serem vistos no sistema de streaming. Nascia, então, a netlifx.com em 2007.

Hoje a empresa está presente em mais de 190 países em todo o mundo e é uma das maiores companhias de streaming com conteúdos clássicos, lançamentos e produtos originais. Há produções distribuídas conforme as regiões em que a Netflix se encontra. Porém, muitos de seus produtos ultrapassam essas fronteiras, ganhando notoriedade em diversos outros lugares.

Netflix: oferta imperdível que a Blockbuster negou

Quando o ano 2000 entrou na vida de todos nós, a Netflix encarava a Blockbuster como grande concorrente. E diante disso, enfrentá-la poderia ser algo não só difícil, mas também impossível de superar.

Sendo assim, Hastings entrou em contato com o CEO da Blockbuster e ofertou a Netflix por 50 milhões de dólares. Sem se atentar ao crescimento da internet e o que a mesma seria para a concorrente, John Antioco disse ‘não’ à proposta Reed Hastings. Ou seja, a Blockbuster assinalava seu destino de ficar para trás.

O fato é que uma década depois da proposta a Netflix já era gigantesca na sua atuação, fazendo parcerias com distribuidoras protagonistas do mercado audiovisual como a Paramount, Disney e Sony. Enquanto isso, a Blockbuster declarava sua falência.

A situação foi notícia, até porque já se sabia muito antes da proposta negada. Enfim, a Blockbuster via seu nome sair da Bolsa de Valores e encarava uma dívida quase bilionária.

Conteúdo autoral da Netflix: outro acerto da plataforma

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Séries e filmes autorais próprios

Ofertar apenas produtos autorais de terceiros via internet já não aguçava mais a rotina dos fundadores da Netflix. A empresa necessitava de algo novo para entregar ao mercado.

Após ideias e apontamentos, surge a interessante proposta de produzir alguns conteúdos próprios, o que alavancaria ainda mais a produção audiovisual em todo o mundo.

O primeiro produto feito pela Netflix foi a série Lilyhammer. O sucesso instigou novas produções, como House Of Cards, série que recebeu indicações ao Emmy.

Quatro anos após a primeira produção (que aconteceu em 2012), a Netflix entregava ao mercado mais de 120 produtos audiovisuais, dentre filmes e séries. Tal situação abriu uma nova porta para o mercado cinematográfico, que abraçou licenciamentos de produtos em parceria com a plataforma, além da coprodução internacional, dando espaço para produtoras de diversas partes do mundo.

Hoje é comum assistirmos a seriados ou filmes que têm na sua assinatura a marca Netflix. São produtos premiados, em evidência em todo o planeta e com a capacidade de geração de emprego e renda à uma área que viria a enfrentar maus momentos com a pandemia, porém, teria na plataforma de streaming (além de outras do mesmo segmento) uma boa razão para continuar.

Netflix: sinônimo de puro entretenimento

Hoje é muito comum os dizeres: “Vou ver Netflix!” antes mesmo de apontar o nome da série ou filme que serão assistidos na plataforma. Isso se dá pelo sucesso do empreendimento em todo o mundo.

A Netflix pode ser incluída como uma das empresas mais visionárias da internet. Hoje seus produtos estão em festivais, mostras e inclusive são assuntos nas mais diversas redes sociais. A própria empresa é presente na internet, interagindo com seu público cativo, e entrega facilidades ao cliente na aquisição e alteração de seus serviços.

Dados de 2021 já apontavam números pioneiros da empresa no mercado online e do audiovisual. Eram mais de 700 obras produzidas e distribuídas pela própria companhia (algumas premiadas), um vasto catálogo com produções oriundas de outras distribuidoras (filmes, séries, documentários), e a capacidade do cliente salvar o título que desejar para assistir offline quando bem quiser.

Somente em 2018 no Brasil, a Netflix já havia produzido mais de 70 filmes nacionais, tendo em seu catálogo quase 3 mil ofertas dos mais diversos países do mundo. As séries alcançavam o patamar de 1.000 obras à disposição dos assinantes, sendo mais de 25 delas pertencentes à produção nacional. Os dados são das plataformas BB Multiscreens, Platforms & Contents.

É de ciência de todos que os produtos do catálogo da Netflix são flutuantes, ou seja, enquanto uns entram para a lista, outros saem. Isso torna sua competitividade no mercado ainda mais acirrada e apetitosa.

E mais: é possível acompanhar os produtos audiovisuais da Netflix via celular, computadores (PC ou Notebook), Smart TVs, Tablets, dentre outros dispositivos.

O que a Netflix tem a nos ensinar?

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Visão de futuro

Para nós, empreendedores digitais, fica a lição sobre a extensa visão de futuro pertencente aos profissionais que administram a plataforma Netflix.

A internet é uma oportunidade única, que cresce a cada dia, modifica seus caminhos, apresenta soluções, e nós temos que estar atentos a essa interatividade.

Os fundadores da Netflix foram visionários quando perceberam o crescimento da internet no mundo e passaram a ofertar seus produtos, antes entregues via correio, por uma plataforma online. De certa forma, eles continuaram a assinalar o grande diferencial da empresa, ou seja, levar o produto até a casa da pessoa, no conforto da sua sala ou quarto.

Diante dessas estratégias, deixamos aqui duas perguntas para você, empresário:

Qual é o diferencial da sua empresa?

O que essa justificativa tem a acrescentar no universo online?

Conclusão

Sabe-se que a Blockbuster até tentou viabilizar algo parecido com a Netflix. Contudo, não alcançou o número necessário de assinantes, o que a colocou em queda livre. Enquanto isso, a concorrente que ora havia ofertado um valor aceitável para sua compra, mas fora negado, resolveu investir de vez nesse interessante mercado que se apresentava à sua frente.

Por fim, o crescimento e protagonismo da Netflix, as concorrentes que ela enfrenta nos dias de hoje (parte saudável da competição mercantil), as ofertas de novos produtos e serviços, a participação ativa em premiações, tudo isso nos mostra o quanto é possível investir em novidades.

O maior exemplo da Netflix talvez seja essa ideia em ficar atento à efemeridade das ofertas. E estar à disposição para inovar. Sempre!

 

Fonte: JustSell

https://www.justsell.com.br/blog/como-a-netflix-superou-a-blockbuster-e-dominou-o-mercado-do-audiovisual/

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